"Pra onde vão desejos?
Palavras sem razão
Pra onde vão palavras?
Versos ao vento vão."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Solidão.

-1-

Ela olhava a sua volta, sentia - se presa dentro daquela vila rodeada por montanhas castanhas, cheias de terra; o vento sacudia seus cachos ruivos e o frio passava por suas roupas (na realidade trapos), invadindo ainda mais sua alma. Ah, a sua alma como ela parecia incompleta e vazia, a menina não entendia o porquê; sim, ela era discriminada e excluída naquela cidadela composta por pequenas casinhas de madeira, mas ela sabia que o motivo não era esse, era algo mais profundo, algo que definitivamente partia sua alma ao meio.

- Lenina, venha já para casa!

A filha obedeceu o pai, sabia que ainda tinha muito o que fazer naquela manhã.

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Mais uma vez era um sonho, e aquela solitária menina ainda estava presente em seus pensamentos, pela milésima vez?
Rodrigo não conseguia esquecer aqueles cachos que possuiam a cor de flores de espatódea, Lenina parecia tão real. E aquele lugar? Circundado por montanhas tão áridas, onde seria? Ele precisava descobrir.Olhou para o relógio que ficava em cima do criado mudo que um dia fora de sua avó, 7h da manhã! Já estava atrasado; levantou, tomou seu banho, vestiu o típico terno acinzentado e saiu correndo pelo corredor que levava até as escadas do prédio. Hoje seria mais um dia corrido na empresa.


Um comentário:

Ana Neres disse...

Ai, meu Deus, ela voltou a habitar isso aqui...
E eu fiquei orgulhosa, pq acredito nela escrevendo e nas histórias q ela conta, mesmo qnd digo q é tudo mentira.
É fato: Esta menina vai longe!